CCR recua na bolsa, mas mantém trajetória de valorização em 2025

As ações da CCR S.A. (CCRO3), uma das principais empresas de concessões de infraestrutura da América Latina, registraram queda no pregão mais recente da B3. Os papéis da companhia encerraram o dia cotados a R$ 11,87, uma desvalorização de 1,24% em relação ao fechamento anterior, que havia sido de R$ 12,02. Durante o dia, os ativos oscilaram entre a mínima de R$ 11,83 e a máxima de R$ 12,01.

Apesar da queda pontual, o desempenho das ações da CCR em 2025 segue positivo. Desde o início do ano, os papéis acumulam alta de 16,71%. No mês, o avanço é de 1,45%. No entanto, no comparativo dos últimos 12 meses, há uma retração de 11,16%.

O volume financeiro movimentado no pregão mais recente atingiu aproximadamente R$ 124,66 milhões, distribuídos em 14.113 negócios. A ação ordinária da CCR é negociada exclusivamente no segmento Novo Mercado da B3, que reúne companhias com os mais altos padrões de governança corporativa.

A CCR atua em diferentes frentes do setor de infraestrutura, com forte presença nas áreas de concessão de rodovias, mobilidade urbana e aeroportos. No total, a empresa administra mais de 3.700 quilômetros de rodovias no Brasil, sob regime de concessão privada. Além disso, opera sistemas de transporte urbano como metrôs, veículos leves sobre trilhos (VLTs) e barcas, além de gerenciar aeroportos em território nacional e internacional.

O controle acionário da CCR está nas mãos de três grupos empresariais: Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e o Grupo Soares Penido. Desde sua estreia na bolsa, a companhia optou por ter apenas ações ordinárias em circulação, o que garante aos acionistas o direito ao voto em decisões relevantes da empresa.

Em seu histórico recente, a CCR também esteve envolvida em investigações no âmbito da Operação Lava Jato. Em 2018 e 2019, a empresa firmou acordos com os Ministérios Públicos dos Estados de São Paulo e do Paraná. Como parte desses acordos, comprometeu-se a adotar medidas corretivas e pagar multas em razão de irregularidades cometidas por concessionárias sob sua administração.

Apesar desses episódios, a companhia tem buscado fortalecer suas práticas de conformidade e transparência. A valorização de suas ações em 2025 reflete, em parte, a confiança dos investidores em sua capacidade de recuperação e crescimento sustentável, mesmo diante de um passado recente marcado por desafios.

Com um portfólio diversificado e presença estratégica em setores essenciais da infraestrutura nacional, a CCR continua sendo uma das referências no segmento de concessões no Brasil e na América Latina.